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Corpo, desejo e escuta: o processo terapêutico corporal neo tântrico como caminho de reinvenção do ser

  • Foto do escritor: Manifesto Tantra
    Manifesto Tantra
  • 7 de jun.
  • 2 min de leitura

Vivemos em uma cultura que historicamente marginalizou o corpo como território de saber e potência, desqualificando a sexualidade a partir de normas moralistas, repressoras e coloniais. No entanto, há práticas que emergem como formas de resistência e reconfiguração do sensível — e uma delas é a terapia tântrica, quando compreendida para além do fetichismo exotizante ou da indústria do prazer performático.


Na clínica abordada por Deepak Amaresh, o processo terapêutico corporal neo tântrico é orientado por uma ética do cuidado singular, onde cada pessoa é acolhida em sua história única, com seus ritmos, dores, desejos e possibilidades. Esse cuidado não é um protocolo genérico, mas uma escuta atenta, psicodinâmica e corporal, que reconhece o sujeito como uma composição viva de forças pulsantes, afetos cristalizados e potências por vir.


O percurso começa com a anamnese: um momento de escuta e investigação, onde se abre espaço para que a história de vida — afetiva, familiar, sexual, emocional e somática — seja expressa e acolhida. Trata-se de um ato político: devolver à pessoa o direito de narrar-se, de sentir-se, de reinscrever-se em sua própria carne.


A partir daí, seguem-se práticas corporais que combinam técnicas respiratórias, meditações ativas e passivas, dinâmicas bioenergéticas, massagens neo tântricas e toques conscientes. Essas práticas não visam apenas o “prazer” enquanto clímax, mas sim a ativação da energia vital que atravessa o corpo, desarma couraças musculares e convoca a presença plena no aqui-agora.


É nesse processo que o corpo se torna linguagem e memória. A tristeza que não encontrou palavras, a raiva que não pôde ser expressa, o desejo que foi reprimido — tudo isso pode emergir no gesto, no tremor, na lágrima, no arrepio. O corpo fala e é escutado. Não como sintoma a ser eliminado, mas como expressão legítima de uma subjetividade que deseja existir de outro modo.


O acompanhamento terapêutico se estende também para além da sessão: o contato contínuo via WhatsApp, a sugestão de leituras, filmes, práticas, cuidados — tudo isso compõe uma trama relacional que sustenta a travessia. Porque a transformação não acontece apenas no momento do toque, mas se espraia na vida cotidiana, nos modos de se relacionar consigo, com o outro, com o mundo.


Trata-se, portanto, de um trabalho que articula clínica e política, corpo e história, desejo e território. A terapia tântrica, praticada com responsabilidade, escuta e consciência crítica, é uma ferramenta potente de descolonização do sentir e de produção de subjetividades mais livres, potentes e integradas.


É um chamado à reconexão com o corpo como lugar de saber e potência criadora. Um convite à reinvenção sensível do existir.

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